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Diário de uma vida Sendo Eu 

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Como filmes e séries moldam seus relacionamentos e crenças

Narrativas que Moldam: Como o Que Assistimos Afeta Nosso Campo de Atração e a Forma Como Amamos


Mulher assistindo série com expressão reflexiva sobre suas escolhas amorosas
Mulher assistindo série com expressão reflexiva sobre suas escolhas amorosas

Vivemos em uma era em que o entretenimento deixou de ser apenas um espaço de distração e passou a ocupar um papel central na forma como construímos nosso sistema de crenças, especialmente no que diz respeito às relações humanas. O que antes era considerado apenas ficção, hoje se tornou linguagem emocional e referência de comportamento.


Filmes, séries, novelas, reality shows, documentários e até mesmo os perfis que seguimos nas redes sociais, atuam como agentes formadores da nossa percepção de mundo. Criam o "molde" do que esperamos da vida, do que consideramos normal e, pior, do que passamos a considerar seguro.

Mas o que acontece quando esse molde é recheado de drama, escassez emocional, traição, jogos de poder e abandono mascarado de intensidade? E o que isso tem a ver com sua dificuldade de se abrir para relações profundas e significativas?

Esse artigo é um convite a enxergar com profundidade como nossas escolhas emocionais estão diretamente relacionadas ao que consumimos com os olhos, com a mente e com o coração. E mais do que isso: como reprogramar esse circuito para atrair relações mais alinhadas com a verdade da sua alma.

Arquétipos e Inconsciente: Quando a ficção vira script de vida

Segundo Carl Jung, todos somos atravessados por um inconsciente coletivo formado por arquétipos universais. Esses arquétipos são imagens simbólicas, padrões de comportamento que repetimos sem perceber. E onde eles se manifestam com mais força? Nas histórias.

Séries românticas onde o amor é sempre trágico, filmes em que a mulher forte precisa ser "quebrada" para encontrar um parceiro, novelas onde relacionamentos só existem se houver traição e sofrimento. Esses arquétipos não são apenas ficção: são moldes internos que passam a guiar nosso desejo.

Jung dizia: "Aquilo que você resiste, persiste. Aquilo que você aceita, se transforma." Se você resiste ao afeto calmo porque seu inconsciente aprendeu que o amor só vem com dor, então é esse padrão que continuará se repetindo.

Lacan e a linguagem que estrutura o desejo

Jacques Lacan nos ensina que "o inconsciente é estruturado como uma linguagem". Isso significa que é a forma como nomeamos, ouvimos e somos narrados que estrutura o nosso desejo. Ou seja, o que você acredita ser desejável é moldado pelas histórias que consome.

Quando passamos horas imersos em roteiros de relacionamentos instáveis, jogos emocionais e amores que só valem se forem conquistados com dor, estamos programando nossa mente para crer que é isso que existe. É isso que é amor. E quando o afeto real aparece? Desinteresse, medo ou desconfiança.

Clarissa Pinkola Estés e a mulher que esqueceu a linguagem da alma

Em "Mulheres que Correm com os Lobos", Clarissa Pinkola Estés denuncia o silenciamento da mulher instintiva. Segundo ela, quando abandonamos nossa linguagem interior e passamos a operar a partir de roteiros alheios, matamos a Mulher Selvagem em nós.

Ela diz: "As histórias são remédios. Algumas são veneno. Saber diferenciá-las é o primeiro passo para curar a alma." Histórias que naturalizam abuso emocional, rivalidade feminina, carência disfarçada de paixão e desconfiança como sinal de intensidade são veneno psíquico.

E quanto mais nos alimentamos delas, mais nos afastamos da nossa própria sabedoria intuitiva.

O vocabulário molda a percepção: neurociência e linguagem emocional

A neurocientista Lisa Feldman Barrett mostra em "How Emotions Are Made" que quanto mais palavras você tem para nomear suas emoções, mais capacidade você tem de senti-las com sofisticação e lidar com elas com autonomia.

Em outras palavras: se você só conhece o amor como dor, abandono ou intensidade destrutiva, é porque seu vocabulário emocional está limitado às histórias que consome. E isso molda até seu sistema nervoso.

Barrett mostra que nossos "conceitos emocionais" moldam a experiência em si. Assim como o idioma define o que você pode expressar, sua linguagem interna define o que você pode sentir.


RAS: O sistema que só te mostra o que você espera encontrar

O Sistema de Ativação Reticular (RAS) é um filtro cerebral que seleciona quais informações chegam até a sua consciência. E esse filtro é regulado por aquilo que você acredita, espera e repete com emoção.

Se você internaliza a ideia de que todo homem é abusivo, que mulher forte não pode ser amada, que amor verdadeiro não existe, é exatamente isso que seu RAS vai procurar e validar em cada interação.

E não se trata de magia, mas de neurofisiologia. É o seu próprio sistema perceptivo reforçando aquilo que você já acredita. A isso damos o nome de viés de confirmação.


"O Golpista do Tinder" e o trauma coletivo

Um exemplo potente disso é o documentário "O Golpista do Tinder". Ao retratar mulheres emocionalmente manipuladas por um homem charmoso, bonito e sedutor, o programa não apenas alerta sobre golpes emocionais, mas também reforça uma crença coletiva de que não se pode confiar no masculino.

Para mulheres que ainda não compreendem como seu campo de atração funciona, isso cria um trauma simbólico que as fecha ainda mais para a possibilidade de entrega, intimidade e parcerias saudáveis.

Em vez de refletir sobre suas próprias crenças, bloqueios e desequilíbrio entre as energias masculina e feminina internas, muitas acabam por alimentar um sistema de proteção que impede qualquer relação real de se desenvolver.

E agora? Reprogramar é preciso

A boa notícia é que tudo isso pode ser reprogramado. Você pode treinar seu RAS para buscar novas referências. Pode expandir seu vocabulário emocional. Pode limpar as histórias que intoxicam sua alma e substituí-las por narrativas de cura, expansão e verdade.

E isso não significa viver na bolha da positividade tóxica, mas sim escolher conscientemente o que você quer usar como guia simbólico para sua vida emocional.

Você não precisa mais aceitar o amor como guerra. Você pode reconstruir seu ponto de atração a partir da sua essência, não do seu trauma.

Conclusão: Escolha as histórias que você quer viver

Tudo aquilo que você consome hoje está moldando a realidade que você vai viver amanhã. Cada história, cada palavra, cada exemplo forma um elo invisível entre você e o tipo de relação que você atrai.

Se você quer mudar o externo, comece pelo simbólico. Pela linguagem. Pelas crenças. Pelo que você alimenta com o seu tempo e a sua energia.


Se você está pronta para reprogramar seu campo de atração, acessar sua linguagem emocional profunda e criar relações alinhadas com sua verdade interior, conheça a minha Mentoria de Reprogramação Mental.

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As histórias certas te curam. As palavras certas te libertam. E o amor certo começa dentro de você.

 
 
 

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